segunda-feira, 1 de julho de 2013

JÁ PENSOU EM CONGELAR AS CÉLULAS TRONCO DE SEU FILHO?

Congelar as células tronco do cordão umbilical do bebê é uma opção que tem se tornado cada vez mais comum entre as mães. Os benefícios são muitos, afinal, essas células poderão curá-lo de possíveis doenças no futuro, como a leucemia. Mas a decisão ainda gera muitas dúvidas.
A médica Adriana Homem, diretora médica do Banco de Cordão Umbilical (BCU), maior banco das Américas, explica que existem dois tipos de bancos para doação: o público e o particular.

 O primeiro é gratuito, mas a coleta fica armazenada para qualquer pessoa que possa vir a precisar, desde que haja compatibilidade, mas as chances são pequenas. O segundo é pago, mas é visto como um grande investimento, já que a coleta é de uso exclusivo do bebê e de seus familiares. Em alguns países, como França e Inglaterra, não há autorização para bancos privados, e a única opção das mães é doar para um banco público. “Os dois tipos de banco são importantes e os dois precisam existir. Se puder guardar no privado, é uma questão de segurança. Mas se não tiver condições financeiras, é melhor deixar no banco público do que jogar fora, não se pode desperdiçar”, afirma.

Ao ser retirada do cordão umbilical no momento do nascimento do bebê, a célula não chega a respirar e, por isso, não envelhece. A médica explica que o bebê nasce, o cordão umbilical é normalmente cortado e, o tecido que sobra, será a fonte para recolhimento das células tronco. “Essas células serão congeladas e, em 20 anos ou mais, estarão ainda ‘zero quilômetro’. O processo de envelhecimento só irá começar quando forem colocadas no paciente”, diz.
Para as mães que optarem pelo procedimento, a médica faz uma observação importante: “Nos bebês filhos de mães estressadas têm menos células para congelamento. As calmas costumam ter em torno de 1 milhão, enquanto as estressadas têm 500 mil”, afirma.

As células tronco podem ser utilizadas em mais de 200 doenças, paralisia cerebral, problemas ósseos, além de uso estético, como rugas. E, no caso dos bancos particulares, podem ser utilizadas por qualquer membro da família, desde que haja compatibilidade e que a necessidade seja realmente séria e comprovada juridicamente.

A médica chama a atenção para a questão do preço cobrado. “Não existe comercialização, não é algo que deva ser decidido com base no preço. O que é barato demais pode ser um risco, desconfie, pois deve ter algo de errado. É um material que será usado depois de 20 anos, tem de ser bem armazenado, estar viável quando seu uso for necessário”, alerta.

Ela afirma também que as células tronco não fazem milagres, mas são uma opção de tratamento. “Ainda há muito desconhecimento, mas o Brasil é o pioneiro nesse tipo de pesquisas em todo o mundo”, diz.

foto: divulgação

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